terça-feira, junho 26, 2007

Delírio por B.

Alucinações. Visões distorcidas da minha realidade. Sensações que já não identifico mais como boas ou ruins, mas apenas como fatos. Coisas que nunca fui e, talvez, nunca serei simplesmente por serem irreais. Surreais, aliás. Mágoa, dor, lágrimas. Alegria, satisfação, sorrisos. Paradoxos cheios de metáforas, que, por sua vez, não passam de figuras de linguagens ultrapassadas. O dia que chega e me toma nos braços, que eu rejeito, pois quero a noite, o torpor das bebidas, a loucura dos alucinógenos. Quero o tudo e o nada, sim, quero por querer, por ambição, por egoísmo. E depois já não quero mais, jogo fora, amasso e piso. Não sou, pois ser é demais para alguém como eu. Apenas estou, é mais confortante, combina perfeitamente com a efemeridade da vida, um encaixe milimetricamente testado e aprovado. Carpe diem? Quase isso... o instante é a minha insanidade mais gostosa. Minha falha ou sucesso, de que importam? De que vale tudo isso se não sou quem quero e a hora que quero? Morrerei assim, perdida em loucos e prazerosos devaneios. Saboreando momentos, como este, de puro delírio.


B. também pode ser encontrada aqui e aqui.

4 comentários:

Bárbara Lemos disse...

Ai, que medo de não estar a altura disso aqui.

Ui.

Sir. Diego O fronteiriço disse...

Pois minha carta de vento vai ser entrague aos meus papeis sem cheiro e luz, por todo meu sangue eu digo meu caro...suas letras se fazem majestoticas...

*LIS disse...

Nao tenha medo!
Adorei o texto!

Arrasa sempre com os amigos blogueiros einh Rê!

marcos disse...

Are you writing under the influence? Regards & stay well.