sexta-feira, março 16, 2007

I will show you fear in a handful of dust.





"E eu lhes mostrarei algo diferente / De sua sombra, pela manhã, caminhando à sua frente / ou de sua sombra à noite, erguendo-se para ir a seu encontro; / Eu lhe mostrarei o medo num punhado de poeira".

T.S. Eliot


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O poeta, dramaturgo e ensaísta inglês de origem americana T. S. Eliot sintetizou em sua obra os diversos elementos que dariam origem a uma profunda renovação da literatura de língua inglesa no século XX. A estabilidade vitoriana foi abalada por suas criações, que, junto com as de W. B. Yeats, James Joyce e Aldous Huxley, lançaram as bases da moderna literatura inglesa.
Thomas Stearns Eliot nasceu em St. Louis, Missouri, Estados Unidos, em 26 de setembro de 1888. Membro de uma família puritana de origem britânica, recebeu esmerada educação, que começou em seu país e logo se orientou para a cultura européia, com a qual travaria contato direto a partir de 1910, ano em que viajou à França. Em 1917 publicou seu primeiro volume de poesia, Prufrock and Other Observations (Prufrock e outras observações). A obra, de inspiração satírica e de um pessimismo profundo, representou um rompimento com as tendências literárias da época e introduziu uma nova linguagem poética. Dela faz parte o poema "The Love Song of J. Alfred Prufrock" ("A canção de amor de J. Alfred Prufrock"), crítica irônica e extravagante da sociedade burguesa britânica.
Na criação poética de Eliot cabe distinguir três etapas. A primeira, representada por Prufrock and Other Observations, constitui uma crítica geral à cultura da época; na segunda etapa, essa mesma crítica se volta para o passado histórico da Europa. Nessa fase, destacam-se a coletânea Poems (1919; Poemas) e The Waste Land (1922; A terra devastada), que lhe trouxe renome universal. O terceiro período, marcado por uma visão religiosa da existência, é representado por Ash Wednesday (1930; Quarta-feira de cinzas) e, sobretudo, por Four Quartets (1935-1943; Quatro quartetos). Esta última obra é um extenso poema alegórico de caráter religioso e filosófico em que o autor manifesta sua concepção da vida. O brilho e a emoção de seus versos valeram-lhe, em 1948, o Prêmio Nobel de literatura.
O estilo poético de Eliot condensou a emoção artística na renovação das estruturas formais, que, ainda assim, conservaram sua função unificadora. Em suas criações, o verso livre não representa nada de arbitrário e, em última instância, é prosa, que viria formar a base de um novo idioma poético. Dotadas de sólidos vínculos com sua poesia, as obras para o teatro ganharam destaque com The Rock (1934; O rochedo) e Murder in the Cathedral (1935; Assassinato na catedral), escrita a pedido do deão da catedral de Canterbury, com argumento inspirado na Idade Média.
Como crítico, Eliot reabilitou autores do teatro elizabetano e lançou nova luz sobre os chamados poetas metafísicos do século XVII. Sobre estes publicou o ensaio The Metaphysical Poets (1921), em que aponta a fusão ímpar de razão e emoção que se encontra na poesia de John Donne e outros metafísicos, que os poetas posteriores foram incapazes de repetir em virtude de uma "dissociação da sensibilidade". No campo da crítica, a reputação de Eliot se deve também a livros como Homage to John Dryden (1924; Homenagem a John Dryden), bem como a colaborações para a revista The Criterion (1922-1939), por ele fundada, que serviu de tribuna para os literatos renovadores, os chamados imaginistas. T. S. Eliot morreu em Londres, em 4 de janeiro de 1965.

©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.


Até a próxima!!!

Bons Sonhos!!!

4 comentários:

Anónimo disse...

Sou medrosa até debaixo d'agua. E coincidência ou n, falei dos meus medos no meu post tb. risos
Beijos

Bárbara Lemos disse...

Comece a ler Baudelaire, ajuda no seu francês.
:*

bla disse...

daki um tempo vou estudar esse cara... hehehehe

>>post tapa-buraco? hahahahahahahahahaha

D.E.S.A.S.S.I.S.T.I.D.A.S disse...

Oi Tio Renato, estamos de volta...
Passou a correria de fim, de inicio e ainda de troca de emprego.
THA encontra-se novamente conectada a rede!

Por estas andanças acabamos desassistindo você de comentário e de visitas, mas nunca deixamos de lembrar de você. Tio Renato já faz parte das Desassitidas, o texto publicado que não recebe um comentário seu para nós não tem o mesmo valor!

Daqui pra frente à assistência voltará à ativa, eu garanto.

Mil abraços!!!